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Terapia intensiva: entenda como funciona

Você sabe como funciona a terapia intensiva? Se você não tem o interesse de trabalhar na área, seja como médico, seja como enfermeiro, tomara que nunca precise descobrir na prática. No entanto, é importante saber como as unidades e centros de terapia intensiva funcionam.

Esse conhecimento é especialmente útil agora, com a crise do novo coronavírus, quando essas unidades e centros são vitais no enfrentamento ao vírus. Isso porque a maior parte dos quadros graves da doença são tratados nesses leitos, que existem em quantidades limitadas.

Para se ter uma ideia, cerca de 41,5% de todas as pessoas que desenvolvem a Síndrome Respiratória Aguda Grave por causa da Covid-19 acabam sendo internadas na UTI. Por isso, é importante saber como funciona a terapia intensiva.

Quer aprender? Então vamos lá!

Quais são os tipos de terapia intensiva que existem?

O primeiro ponto a ter em mente sobre como funciona a terapia intensiva é que existem dois tipos de espaços com esse cuidado no mercado: as UTIs e as CTIs. Na teoria, elas são parecidas, mas contam com diferenças práticas sensíveis.

Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um espaço dentro de um hospital focado no tratamento intenso para pacientes em estado grave. Ela conta com profissionais como um médico especializado no assunto, enfermeiros com mestrado em terapia intensiva e vários outros equipamentos que veremos a seguir.

No entanto, a UTI se destaca por ser “temática”, por assim dizer. Uma UTI é sempre direcionada a casos específicos. Por exemplo, uma UTI neonatal só atende recém-nascidos que precisem de algum tratamento específico. Já uma UTI cardiológica é para problemas no coração e por aí vai.

Um Centro de Terapia Intensiva (CTI) funciona mais ou menos da mesma forma: ele é um espaço para tratamento intensivo, também com profissionais gabaritados e equipamentos adequados. No entanto, a CTI é mais genérica, aceitando todos os tipos de pacientes. Por isso, ela é usada em hospitais menores, que têm menos recursos, enquanto as UTIs são instaladas em hospitais maiores e que podem se especializar.

Quem vai parar na terapia intensiva?

Normalmente, as pessoas consideram que quem vai para a terapia intensiva é o paciente “a beira da morte”. Isso não é necessariamente verdade, embora é claro que pessoas em estado mais grave mais comumente necessitem de tratamento intensivo. No entanto, o paciente típico de uma UTI ou CTI é aquele que precisa de uma supervisão e um cuidado constantes e intensos, ao contrário de outros pacientes internados que contam com monitoramento leve.

Ou seja: são pessoas cujo quadro exige uma equipe de saúde preparada para intervir imediatamente caso seja necessário. É por isso que as pessoas em quadros graves de Covid-19 estão nessas unidades de terapia intensiva, uma vez que podem ter oximetria (taxa de oxigênio no sangue) abaixo dos 90%.

Quais são os equipamentos para terapia intensiva?

Parte central de como funciona terapia intensiva são os equipamentos usados nessas unidades e centros de tratamento. De acordo com a legislação, são necessários 39 equipamentos diferentes e em bom estado para o tratamento nessas unidades. Veja alguns abaixo:

  • cama hospitalar com ajuste de posição;
  • monitor multiparamétrico (que mede sinais vitais do paciente);
  • bomba de infusão (dispositivo que aplica fluidos de forma contínua);
  • máscaras de nebulização e catéter de alto fluxo;
  • ventilador pulmonar mecânico;
  • diálise;
  • desfibrilador e cardioversor.

Quem trabalha na terapia intensiva?

Além dos equipamentos, outra parte importante de como funciona terapia intensiva são os profissionais de saúde que trabalham nesses espaços. Eles são os responsáveis por cuidar dos pacientes e aplicar todas as soluções possíveis para salvar vidas naquele estágio.

Uma UTI ou CTI conta com uma equipe multiprofissional, uma vez que os cuidados ali presentes podem ser de todos os tipos. Algumas doenças, como a própria Covid-19, podem acabar prejudicando diferentes sistemas e, por isso, é essencial ter todo o tipo de profissional.

Normalmente, essa equipe é liderada por um médico intensivista, especializado no tratamento em unidades de terapia intensiva. Além dele, existem outros médicos, cada um com a sua especificação. Ainda existem enfermeiros especializados em terapia intensiva que ajudam na supervisão e trato com os pacientes.

Como os casos das UTIs e CTIs são mais sensíveis, é importante evitar ao máximo a entrada de pessoas nesses espaços. Por isso, a equipe é limitada apenas a quem é essencial no tratamento. Os familiares dos pacientes podem entrar em caso de UTI, mas somente com autorização médica e com horário extremamente controlado. Em CTIs, a visitação não é autorizada.

Ufa, quanta coisa, não é mesmo? A terapia intensiva costuma ser considerada a “última barreira” no tratamento médico, embora essa percepção não seja 100% precisa. É claro que pacientes que necessitam de maiores cuidados tendem a estar em estado mais grave e com maior risco de vida, mas muitos pacientes terminais não estão na UTI por não exigirem esse tipo de terapia.

Agora que você já entendeu como funciona terapia intensiva, já está mais preparado para navegar por esse tipo de ambiente. Não esqueça de compartilhar este artigo para que mais pessoas entendam sobre o assunto!