obesidade Multiplica em 12 Vezes o Risco de Câncer em Mulheres

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A obesidade mata mais até do que a comunidade científica esperava. De fato, essa doença – e também o excesso de peso – é, em si, um fator de mortalidade e aumenta o risco de câncer e doenças cardiovasculares. Um estudo nacional conduzido pelo Instituto de Pesquisa Médica do Hospital del Mar (IMIM) concluiu que o excesso de peso é especialmente prejudicial para a população feminina. Segundo o estudo, a obesidade multiplica por 12 o risco de sofrer de câncer em mulheres e aumenta em cinco vezes a probabilidade de ter uma doença cardiovascular.

Nos homens, esta doença duplica o risco de câncer, mas não influencia significativamente o desenvolvimento de patologias cardiovasculares.

“Os resultados nos surpreenderam e nos preocuparam, pois a obesidade mata, não é apenas um problema estético”, admite o Dr. Albert Goday, endocrinologista do Hospital del Mar de Barcelona e autor do estudo, o maior estudo realizado até agora na Espanha nesta área.

Os pesquisadores analisaram os dados coletados no estudo FRESCO – uma compilação de pesquisas sobre risco cardiovascular – que acompanhou uma década de 54.446 pessoas de sete comunidades autônomas. “Nós avaliamos a obesidade independentemente de outros fatores de risco, sem a interação de outras patologias, como hipertensão ou diabetes”, acrescenta Goday.

O resultado, conforme o endocrinologista do Hospital del Mar, “surpreendeu” todos os pesquisadores, especialmente devido à grande diferença entre os gêneros detectada. Goday atribui a alta ligação entre obesidade e câncer em mulheres devido ao tipo de tumores relacionados. “Um dos tumores mais relacionados é, na verdade, o câncer de mama após a menopausa e os tumores ginecológicos”, explica o médico.

O sobrepeso na população feminina também mantém um risco aumentado: o dobro de doenças cardiovasculares e quatro vezes mais chances de desenvolver câncer. “É um fator evitável e devemos agir para combater essa epidemia”, explica o autor do estudo, publicado na revista científica Preventive Medicine.

Nos homens, a obesidade por si só não influencia particularmente a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares (ataque cardíaco, angina, derrame, etc.), mas duplica o risco de câncer. Os tumores mais ligados à obesidade na população masculina são os de cólon, pâncreas, fígado ou rim.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 40 anos, a prevalência da obesidade triplicou no mundo. Em 2016, mais de 1.900 milhões de adultos com 18 anos ou mais estavam acima do peso, dos quais mais de 650 milhões eram obesos. “Esta situação vai além de um problema estético e devemos tomar medidas porque a obesidade é uma doença grave, e cada quilo a menos diminui o risco”, acrescenta Goday.

Na verdade, o médico insiste, “se uma pessoa com sobrepeso ou obesidade perder cinco quilos e não recuperá-los, reduz o risco cardiovascular ou o câncer em 20%”. Apenas um em cada quatro participantes do estudo estava com seu peso normal.

 

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